Tenho o hábito de ouvir rádio, este fantástico e antigo invento, que tem um poder de comunicação por vezes mais abrangente que os outros veículos de mídia. O texto abaixo eu ouvi num programa de rádio, e achei bastante significativa a sua mensagem, e acreditando que seja de autor desconhecido, adaptei-o, de acordo com a finalidade deste post:
“Tempos atrás, em meio a um campo ainda inexplorado pelo homem, um bezerro perdido de seu bando abriu uma pequena trilha pela vegetação cerrada, ziguezagueando pela mata seguindo caminho incerto, tentando encontrar o seu bando.”
“Outros animais seguiram a mesma trilha, aberta assim , a esmo, que ia de uma grande clareira à outra, em meio à vegetação fechada, num trajeto tão irregular que demorava três horas, quando o percurso percorrido linearmente de um ponto ao outro, duraria no máximo um terço do tempo.”
“Logo, com a presença do homem, cidades vizinhas foram edificadas em cada uma das clareiras, e como ligação entre estas cidades, a trilha foi transformada em estrada. Apesar de todos questionarem qual a razão para ter sido construída uma estrada tão irregular e longa, todos a utilizavam, sem contudo, questionar o óbvio.”
“Porém, um jovem prefeito, homem daqueles ímpares, que costuma pensar por si mesmo, considerou a hipótese de abrir uma nova estrada, ligando diretamente uma cidade à outra, com largo benefício para ambas populações.”
“Contudo, o Prefeito da cidade vizinha, não vislumbrou vantagem alguma no empreendimento e vetou a cooperação financeira àquela empreitada. A própria população de sua cidade, condicionados que estavam a utilizar a velha estrada, rejeitaram veementemente a idéia e fomentados pelos seus inimigos políticos, que insinuavam que a obra era movida por interesses escusos, voltaram-se contra ele, conseguindo a cassação do jovem prefeito daquela cidade, que foi punido por pensar diferente.”
Quantos de nós seguimos “bovinamente”, o caminho traçado pelos nossos antecessores.?
Quantas verdades aceitamos como definitivas sem questionarmos a sua autenticidade?
Quantos de nós não temos a coragem necessária para mudar, de pensar e fazer o novo, ainda que taxados de loucos, de levianos ou irresponsáveis?
Quantos de nós conseguiríamos discernir que uma linha reta é a menor distância entre dois pontos? E que para iniciar a mudança, a menor distância, é a que liga o seu coração ao primeiro passo...
quinta-feira, 13 de abril de 2006
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10 comentários:
Adão.
Todos os dias, e todos mesmo, penso se tenho andado pelos mesmos caminhos abertos, ou se estou inovando, mesmo que só pra mim, mesmo que em silêncio.
Às vezes chego a conclusão que sigo uma trilha surda, outras, que estou abrindo, eu mesma, meus caminhos e outras, que faço as duas coisas.
Ainda preciso aprender muito. Muitão mesmo. E perder medos. Outros tantos.
Beijos.
P.S. O que foi aquele comentário no Giramundo?
Que coisa mais linda de se ler, Adão.
Um beijo por isso.
Hoje, rabisquei uns tiques nervosos lá {rs}...
AI, DEVO MUGIR AGORA DE TANTA CULPA? RS.. BOM POST! BEIJOS E FELIZ PÁSCOA
Adão,
viva os loucos e irresponsaveis.
feliz páscoa!!!
Eu sou como aquela que "MATA BOIS". Mato os meus bois, religiosamente.
Questionadora, eu? Putz, eu nem acredito na bíblia, naquilo que as pessoas têm como ABSOLUTO e SAGRADO. Imagine os questionamentos sobre as outras coisas...
Eu tenho até a coragem/ousadia de fazer o desconhecido/novo de novo.
Geralmente, há o equilíbrio entre coração/razão.
Mas nem sempre é assim, não é mesmo? Para toda regra há uma exceção. E é assim que eu vou seguindo... sendo taxada de LOUCA, mas gozando {deliciosamente!} dos pobres tolos que se julgam normais.
Amplexos e cometa todos os excessos na páscoa, excessos que o faça feliz.
Adão,
Também gosto de ouvir rádio. E gostei muito do teu texto de hoje. Também gosto de pensar nas ligações por linha reta, mas se encontro um caminho feito, mesmo que reto, procuro experimentar um outro, ainda que curvo e mais longo. Desde que mais poético e gostoso!
Abraços, flores, estrelas...
Poucos são os que têm o necessário discernimento da geometria da vida.
Adão.
Feliz DESaniversário, hoje, pra você.
Mas... não quero me furtar de ter o prazer de beijá-lo (ainda que virtualmente) no seu aniversário.
Qual a data?
Beijos.
Já que gosta de coincidências: é aniversário de um amigo meu. Aliás, muito parecido comigo.
Beijos.
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