domingo, 5 de fevereiro de 2006

Os ombros descansam

Luzes da ribalta na cidade acesas
picadeiro de suas emoções
janelas e portas das casas entreabertas
onde ninguém nunca entra

Os quadros pendurados nas paredes do quarto
retratam quem não é mais você
as luzes acesas de dentro das casas
não dão a certeza de não estar sozinho

Seu rosto marcado, por rugas traçadas
testemunham o tempo que passa
os olhos enxergam na escuridão
a certeza de estarem sós

Sua imagem nua que o espelho reflete
não pode mesmo ser você
as luzes acesas de dentro das casas
não dão a certeza de não estar sozinho

Os olhos fechados e os ombros descansam
lá fora ainda ensaiam a mesma velha dança
as luzes acesas de dentro das casas
não dão a certeza de não estar sozinho

Os olhos assistem a tudo
são os sonhos que movem os moinhos?
os olhos assistem a tudo
quem disse que estamos aos pares no mundo?

3 comentários:

Anônimo disse...

Seja bem-vindo ao Café meu caro. Vejo qualidade em seus escritos, ganhou um leitor. Como sabe da minha baianidade?

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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