Voltei. “Estive fora uns dias...” (1) Fiquei sem publicar nenhum post por alguns (muitos, para mim) dias. Senti muita falta. Cheguei em meio a um dos mais fortes temporais que o Rio de Janeiro presenciou. “trouxe comigo o temporal...” (2)
Um passeio pela cidade no dia seguinte, suscitou este texto:
O redentor permanece o mesmo,
assim como o corcovado e o pão de açúcar.
Permanecem as mesmas a lagoa Rodrigo de Freitas
e a baía de Guanabara.
Nenhum sinal do temporal que assolou
a cidade na noite passada
e se abateu sobre nossas cabeças
com um peso de um surdo de escola de samba
em pleno pré-carnaval
O sol espreguiçou-se do mesmo lado de sempre
e secou as últimas poças d’água remanescentes
da enxurrada...
Em nada o quadro caótico do dia passado:
ruas alagadas, em que a água chegava
até ao joelho dos passantes
carros boiavam ou encalhavam
ilhados num oceano de caos
As principais vias de acesso completamente
atadas a um gigantesco nó sem fim
O carioca derramado sobre as ruas
ou espremido nos veículos de lotação
na esperança de chegar em suas casas
a salvo...
Mas um novo dia nasceu para todos da cidade
de São Sebastião do Rio de Janeiro
(todos, exceto doze pessoas, infelizmente)
e a garota de Ipanema continua a passar
“num doce balanço...” (3)
e a mulata ainda “é a tal” (4)
e os barcos ainda dançam nas águas
da Marina da Glória
e as palmeiras centenárias ainda balançam gostosamente
no Jardim Botânico
Como dançam as plantas do jardim
da Casa de Rui Barbosa
e a cultura palpita célere
no C.C.B.B.
Mais um casamento imponente
na Candelária,
mais um velório consternado
no São João Batista
mais um carioca nasceu
na São José,
E a noite cai e os Arcos da Lapa
iluminam-se,
A orla litorânea ilumina-se,
As favelas nos altos dos morros
iluminam-se,
como se ganhassem vida própria
assim como toda a cidade
Os namorados,
amantes,
passantes,
turistas,
retirantes,
abrigados
e exilados
teimam em ir e vir fazendo pulsar o coração
desta cidade tão querida por mim
por todos nós,
por todo o mundo..
Quem melhor do que São Sebastião
do Rio de Janeiro
saberá responder
ao desafio do temporal?
(1) Expresso do Oriente, Hebert Vianna
(2) O desafio do temporal, eu mesmo
(3) Garota de Ipanema, Tom e Vinícius
(4) A mulata é a tal, braguinha e Antônio Almeida
domingo, 29 de janeiro de 2006
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