"Todo cais é uma saudade de pedra", Fernando Pessoa
Ancoradouro perdido
num oceano de gotas de sonho
onde náufrago errante, venho aportar
noite escura e fria, deito em seu colo e repouso
e minha alma vaga, vadia...
Vento soprando sutilmente
entre as folhas em torrente, faz o outono embarcar
traz o inverno imponentes geleiras
pedras de(s)ilusão
cala(o)frio das paixões
que se apagam lentamente
e imperceptivelmente, não ardem mais...
Em seu abrigo me recolho
me aqueço, me esqueço
e mansamente, imaculadamente,
adormeço em seu cais...
Sete milhas navegante
atravesssando os sete mares,
em seu ancoradouro chegar...
Porto seguro, firme e tácito
delicado, doce pergunta: - quer aportar?
Navegante solitário
seduzido, frágil, pergunto: - posso ficar?
Por um instante
ou talvez mais...
2 comentários:
Here are some links that I believe will be interested
Your website has a useful information for beginners like me.
»
Postar um comentário
As opiniões aqui postadas são de responsabilidade de seus autores. O Autor do blog somente se responsabiliza pelo conteúdo publicado e assinado pelo próprio.