Se
naveguei pelos sete mares,
e
te busquei no sétimo céu,
mergulhei
as sete mil léguas,
e
descobri um segredo para velares:
depois
do sete, o infinito...
Se
perdoei setenta vezes, amor
e
te esperei depois de sete dias retornar
o
preço cobrado em penhor
foi
liquidado sem reclamar
com
uma de minhas sete vidas...
Pois
tudo que começa
tem
seu ciclo e finda
em
sete horas,
sete
dias,
sete
luas,
sete
meses,
sete
ruas,
sete
versos,
sete
reses...
Dividi
meu coração em sete pedaços
e
os enterrei em sete cantos
para
que um deles, dentre tantos
encontrasse
a felicidade...
Dividi
a minha casa em sete cômodos
e
habitei cada um com diferentes devaneios,
convivi
com meus temores e anseios,
para
fugir da solidão...
Dividi
o romance em sete capítulos
e
fiz do girassol o meu bem-me-quer,
despetalei
as folhas sem restar uma sequer
e
por fim não achei o bom final...
Dividi
o amor em sete faces
tendo
cada qual seu indizível
e
esfíngico enigma a interrogar-me...
E
por mais forte que me aches
abandonei
a máscara invencível,
miserável
e derrotado, respondi:
- devora-me, pois já não me decifro mais...
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