quinta-feira, 1 de junho de 2006

Avenidas

Esta avenida
em que te colhes ilhado,
pedaço de carne cercado de
aço por todos os lados
e anseias por retorno ao lar
-cômodo cárcere cotidiano-
mas estacionas inerte,
trânsito bloqueado,
vida idem,
onde estás?
em qual avenida,
cidade,
ou país?

Esta avenida
é a Brasil, a Atlântica
é a Paulista, é dos imigrantes
é a Afonso pena, é do contorno
é a quinta avenida, é a champs-elisées
é avenida de mundo adulterado,
abastado de sonhos abortados,
de avenidas congestionadas
e gente inanimada

onde veículos transportam pessoas,
pessoas transportam sonhos,
sonhos estacionam nas bordas do tempo
na espera de vento propício,
qual ave voando no aquário
qual peixe nadando no asfalto
qual coração pulsando em vão

onde recolhes todos teus projetos
e os despejas no lixo eletrônico
de tuas doces e fugazes máquinas,
maravilhas da tecnologia moderna
tecnicolor abstração do desejo
vida acondicionada em chips,
cristalizada em telas LCD,
bloqueada em avenidas curvas,
retas, perpendiculares
em que cruzas, rasteiro, vagaroso,
prisioneiro,
anelando o instante libertador
em que começarás a voar...
quando será?

12 comentários:

Anônimo disse...

Nossa vc anda ins-pirado, heim?
bjs

Anônimo disse...

A razao das avenidas encontra-se exatamente na razao da existencia do autor.

Anônimo disse...

A razao das avenidas encontra-se exatamente na razao da existencia do autor.

"Eu sou perfeitamente humano: tenho todos os defeitos do mundo. Ando em círculos, às vezes para trás, mas faço o meu caminho. Do trajeto de minhas pegadas é formada a minha estrada .E de tantas pedras no caminho, aprendi a não parar. Eu choro um pouco e sorrio um tanto. Mas ainda sonho! logo, existo! Não luto mais contra os moinhos, pois já aprecio o giro de suas pás. Não tenho medo da morte nem do amor, apesar de não ter sido apresentado formalmente a nenhum destes dois cavalheiros. De todas as certezas que eu tinha, permanece a de não ter certezas definitivas. De tudo que vivi, me interessa o inédito. De todos os amores que tive, me apraz o que ainda não conheci. Não importa o rótulo, a embalagem, a etiqueta. Quero sorver o conteúdo desta garrafa desconhecida a largos goles. Quero lamber a face da vida, com a volúpia dos amantes e sentir o mel de um beijo doce, com a delicadeza das abelhas. Quero me despir dos antigos hábitos e vestir despojado o manto da novidade. " Quem assim pensa e se permite viver, tem todas as avenida a trilhar.Voce é o encontro do inedito com a realidade, voce é o encontro de vida, voce é A grande Avenida.Voce é vida Vida, VIda, VIDa, VIDA.Voce é o meu melhor poeta. Continue pelas avenidas da vida, sejam, Brasil, sejam Atlantica, Paulista ou dos Imigrantes, mas que sejam de tua propria vida.Do amigo de sempre....

Adam Flehr disse...

Querido Gerson,

Seja bem vindo ao meu blog e volte sempre! Obrigado pelas palavras. Palavras exarcebadas, exageradas, imprecisas, mas que são de coração, eu sei...
Obrigado pelo carinho...

Anônimo disse...

Ela (ou ele) não sei, mas eu já comecei.

Beijos.

Adam Flehr disse...

Bom vôo, querida Lidiane...
e pouse sempre por aqui!

Beijos,

Tamara Queiroz disse...

Xiiiiiiiiii. Que pergunta difícil, hein, Adão?!

Quais foram as avenidas que passei, quais serão as que passarei? Só eu sei? Lembra uma música...

"qual ave voando no aquário
qual peixe nadando no asfalto
qual coração pulsando em vão"

... é bem assim: ceguinha no meio da avenida.

B-jo.

P.S.: Fico muito feliz com suas visitas.

Até.

Caíla disse...

mE LEVA CONTIGO A VOAR TAL PETER PAN CUJA SOMBRA SE COSTUROU? BEIJOS

Adam Flehr disse...

Levo sim, Caila, levo sim.

bjos

Anônimo disse...

Gostei! Realmente o homem moderno na maioria das vezes não sabe onde está!

Um abraço,

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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